Bem, minha viagem foi ao Chile e por lá permaneci uns 3 meses.
A experiência foi boa, a estranheza esta relacionada aos pontos abaixo listados:
1. Ao modo de se vestir dos chilenos - Quase não se usam calças de cintura baixa, os adolescentes criaram um tal de um estilo pokemon, uma espécie de emo + rockeiro + desenhos animados, RIDÌCULO, e as roupas nas praias, onde a maioria das mulheres usam biquínis maiores.
2. Meio de Transporte – No Chile existem 4 meios de transporte. O Trem/Metro muito parecido com o nosso, o táxi também como o nosso, o ônibus (absurdamente horrível, pequeno e sujo) e um terceiro o coletivo que não temos aqui, uma espécie de táxi com rotas fixas onde pessoas diversas vão subindo, e descendo, ao longo do caminho.
3. A comida – Obviamente como qualquer outro país que se vá existe o choque inicial do que se come, come-se pouco feijão e absurdamente bebe-se muito refrigerante, ao ponto de no mercado venderem-se os pack de 3 refrigerantes juntos de 3L cada. A tristeza fica por conta da falta de rodízios de carne/massa/pizza não há nenhum dos 3
4. O clima também sempre gera certo desconforto no início, dei sorte de ir no Verão portanto peguei temperaturas amenas, parecidas com as que temos no nosso inverno carioca!
(Tayrine Capucho)
sexta-feira, 5 de junho de 2009
CHILE 2008
Postado por Estranhar o estranho. às 12:17 PM 4 comentários
CANADÁ 2009
No dormitório que eu fiquei em Toronto dividia a casa com 6 mulheres e 6 homens, 5 japoneses e 7 coreanos e eu brasileira, me sentindo péssima, não entendia o inglês carregado deles, não distinguia o rosto deles, e muito menos entendia seus complicados nomes, pra mim eram todos irmãos idênticos.
No começo só sentia vontade de chorar achava o inglês deles muito ruim, quase incompreensível, todos muito estranhos, tímidos, achava impossível estabelecer uma amizade com qualquer asiático, principalmente por serem muito tímidos e frios.
Ao chegar na escola tinha de tudo, mexicanos, venezuelanos, espanhóis, italianos, alemãs, franceses,árabes, indianos, e é claro, muitos coreanos e japoneses, a predominância era asiática. Na escola falavam que o lugar mais perigoso do mundo era o Brasil, em especial o amazonas, e ao manifestar que eu era contra eles diziam que eu falava isso porque já estava acostumada com os macacos e as cobras pulando em cima de mim, alguns professores perguntavam se os brasileiros iam pra lá no inverno porque era mais barato, sendo que todos vão porque é a época de férias aqui, no verão, alguns ousaram me perguntar se já tinha luz elétrica no Brasil, quanta ignorância. (Tatiana Braga)
Postado por Estranhar o estranho. às 12:14 PM 8 comentários
CANADÁ 2009
Uma vez no Metrô estávamos todos da escola conversando e eu ao falar, encostei em um árabe que também estudava comigo e ele ficou muito assustado, me olhando com uma cara feia, todos começaram a rir, perguntando o que tinha acontecido, ele disse que e eu encostei no braço dele e que no país dele homens não podiam ter contato nenhum com mulher a não ser que fosse sua esposa, pois o Deus dele não permitia, eu abracei ele e falei pra não se preocupar que o Deus de Toronto era outro rs, eu não sabia o que falar, acabou que foi a melhor coisa, ficamos amigos e ele esqueceu um pouco os costumes dele que ali no momento não tinham muito efeito.
Outro dia no dormitório ao mostrar uma foto da minha cadela de estimação um coreano falou: “uhnn delicia” porque é habito deles comer cachorro, eu fiquei espantada mas nem precisei falar nada, um dos japoneses que morava comigo tratou de desfazer o mal entendido.
Com o passar dos dias fui me acostumando ao jeito dos membros do dormitório e eles ao meu. Já nos abraçávamos, conversávamos sobre as mesmas coisas, fofocávamos, dávamos boas risadas juntos, um deles ao descobrir que brasileiro não se importa em se tocar, fazia cócegas em mim o tempo todo, e as meninas queriam dar 2 beijinhos toda hora, achando o máximo.
Isso tudo é estranho mas foi uma ótima troca de cultura e de conhecimento, entendi um pouco de costumes que eu não fazia nem idéia. Ainda bem que nem sempre a primeira impressão é a que fica. (Tatiana Braga)
Postado por Estranhar o estranho. às 12:09 PM 6 comentários
BARILOCHE 2008
Ainda no vôo quando paramos pra abastecer no aeroporto de Buenos Aires, a comissária
pediu para todos permanecerem no lugar,não ligar cel,lap top, aquelas informações de sempre.
E todos começaram a fazer tudo ao contrário,várias mulheres levantando pra ir ao banheiro e a comissária louca mandando todos sentarem,um falatório ,uma confusão,quando ela gritou pra outra comissária: Só podia ser brasileiro, problema é deles q não entendem espanhol.
Quando chegamos em Bariloche me deu um nó na garganta,fiquei pensando: será q realmente vai ter alguem da agencia pra me levar no hotel? Preocupações idiotas rs
No 1° dia senti muito,muito,muito,muito,muito frio pensei: O q q eu tô fazendo aqui???
O mais estranho e de certa forma engraçado foi no dia seguinte que eu e minhas primas fomos almoçar e eu não entendia muito bem o que tinha no cardápio então pedi um nhoque de “calabaza”, e quando chegou aquele treco abóbora eu falei com a mulher que tinha pedido nhoque de calabresa e mostrei no cardápio pra ela, a mulher não entendeu nada até chegar uma amiga minha e dizer que calabaza não era calabresa e sim abóbora. Fiquei morrendo de vergonha, e claro, comi um pouco pra não ficar feio mas na hora me deu uma dor de barriga e voltei para o hotel quando cheguei no quarto tinha uma camareira,meu desespero foi tão grande de encontra-la lá e de não saber falar,na verdade pedir, porque não tinha papel,então eu sai do quarto correndo e invadi um quartinho de serviço e "roubei" um papel higiênico.
(Cíntia Braga)
Postado por Estranhar o estranho. às 12:06 PM 3 comentários
CANADÁ 2006
Viajei ao Canadá para fazer um intercâmbio. Minha aula começava às 8 horas da manhã em um lugar bem afastado de casa. Primeiro eu tinha que pagar um ônibus e depois um metro durante 6 estações. Sempre fui muito pontual com relação a aulas. Sempre era uma das primeiras a chegar, até porque se desculpar por um atraso já é difícil em português, pior ainda em inglês.
Em uma bela manhã de quarta feira (me lembro até hoje), 17 graus, acordei, tomei banho, café da manha, a mesma rotina de sempre. Peguei o ônibus, e o metrô.
De repente, o metro parou, e começaram a explicar que iríamos ficar parados uns 15 minutos ali, pois o pessoal da manutenção estava limpando os trilhos.
Eu é claro, pensei. Isso lá é hora para se limpar trilhos do metrô? Hora que todos estão indo para escola, trabalho. De curiosa e indignada, pois iria chegar atrasada na aula pela primeira vez, sai do metro e fui ver o que estava acontecendo.
"Simplesmente", alguém havia se suicidado!
Fiquei em estado de choque durante os 15 minutos inteiros, e mais os minutos que levaram ate eu chegar na escola.
Entrei na sala de aula desesperada, e me desculpei pelo atraso. Expliquei que ficamos parados em uma estação por causa de um suicídio. Daí a minha professora com a cara mais normal desse mundo, como se só tivesse ouvido eu falar que me atrasei por causa de transito, virou e me disse: Ah...Isso é normal! Aqui o pessoal é muito deprimido, toda semana alguém se joga no metrô, não se preocupe.
Normal? Normal pra quem? Se o suicídio já foi estranho pra mim, a reação de naturalidade das pessoas foi certamente a parte mais bizarra. (Cristel Finetto)
Postado por Estranhar o estranho. às 9:12 AM 12 comentários
MICHIGAN - 2009
Para quem faz sua primeira viagem internacional, tudo é novidade, muitas são as incertezas e as perguntas. As respostas, nem sempre satisfatórias.
Depois de se passar por várias agências de viagem, por sorte encontra-se alguma realmente competente que assume o seu problema como se fosse dela e te orienta da melhor forma possível, e assim que começa a burocracia para conseguir o visto.
Você desembarca e vê que lá não é como aqui no Brasil, nas filas não se dão prioridade a idosos e senhoras com filho ao colo e que ainda se amamentam. É entrar na fila única e agüentar o tranco. O trato com as pessoas é um tanto ríspido. É aí que se começa a valorizar o Brasil. Neste ponto, somos até mais civilizados. Contudo, na região em que estive – Michigan - em uma cidade chamada West Bloomfield, não observamos pedintes nem andarilhos, o que se torna um ponto positivo.
Outra coisa, se você faz uma compra e pede para ser entregue em sua residência, e se, na entrega não estiver ninguém em casa, a mercadoria será deixada à sua porta e ninguém pega, só o destinatário.
Nota-se, também que a quase totalidade das casas não tem os seus limites cercados por muros ou cercas e ninguém invade o domínio do outro.
Pensa-se que nos USA só se irá encontrar, em sua maioria, pessoas brancas e louras de olhos azuis, porém isso não acontece; encontram-se pessoas de todas as raças e procedentes de todas as partes do mundo em convivência aparentemente fraterna e tranqüila.(Jander Barradas)
Postado por Estranhar o estranho. às 9:04 AM 1 comentários
terça-feira, 2 de junho de 2009
CANADÁ - 2006
Eu estava no Canadá fazendo intercâmbio. Era o primeiro dia de aula, estava louca para conhecer o pessoal do colégio, aprender sobre novas culturas, etc...
Fiquei espantada, pois nunca imaginei ver tanto coreano e japonês juntos. Não parecia que eu estava no Canadá. Pra mim, só iria encontrar branquelos, loirinhos. Mas como eu estava em uma escola de intercâmbio, deixei essa primeira impressão pra lá.
Aqui no Brasil, quando conhecemos alguém, mesmo que nunca tenhamos visto essa pessoa na vida, é normal dar dois beijinhos. Ninguém irá te estranhar por isso.
Então...Eu, que sempre fui uma pessoa muito espontânea, quando fui apresentada aos asiáticos, logo me curvei para dar os famosos e calorosos dois beijinhos...
Só faltaram me bater! Me olharam com uma cara estranha, como se eu fosse uma criatura do outro mundo.
Depois que eu fui descobrir que aquele tipo de comportamento era intimo demais para eles. É claro que passados uns dias, viramos amigos e eles adoraram o novo cumprimento. Quando eu chegava na escola já vinham me abraçando e beijando.
Temos que tomar bastante cuidado e conhecer nem que seja um pouquinho os costumes do outro. Eu tive a chance de mudar a impressão que tiveram ao meu respeito, mas nem sempre isso acontece, e por uma falta de informação, você deixa de fazer uma amizade.(Cristel Finetto)
Postado por Estranhar o estranho. às 5:49 AM 4 comentários
BARILOCHE - 2000
Conhecido por oferecer as maiores pistas de esqui da América do Sul, Bariloche também dispõe de uma vasta gastronomia. No inverno, turistas invadem as ruas da cidade atrás de chocolates, fondues, receitas à base da pescas e de caças. CAÇA AO JAVALI. Simmm. Quase comi carne desse bicho aí.
Eu, meu irmão e minha mãe estávamos em um restaurante escolhendo (ou pelo menos tentando) nosso cardápio.
Não sabíamos nos comunicar muito bem, meu irmão arranhava um pouco a língua local, mas no final apelava para o portunhol.
Depois de analisarmos o que queríamos, fizemos nosso pedido: um tradicional churrasquinho. Porém, não é o NOSSO tradicional churrasco com carne bovina. É churrasquinho com carne "JAVALINA".
Que carne aparentemente estranha. Olhamos entre nós e recusamos o prato. Pagamos o que tínhamos consumido antes até a chegada do prato principal (lá eles tem o costume de comer primeiro um prato de entrada e depois comer o segundo prato).
Acabamos almoçando Mc Donald.
Ninguém merece! Até hoje eu estranho o fato da carne ser de javali e não de boi.(rs)
(Luma Coutinho)
Postado por Estranhar o estranho. às 5:46 AM 5 comentários
BRASIL - 1959
Sou portuguesa de nascimento, mas escolhi o Brasil como terra natal há muitos anos. A vida em Portugal estava muito difícil, então viemos para cá em busca de melhores condições.
Uma das minhas primeiras lembranças foi logo quando cheguei. Fomos almoçar e nos foi servido um prato de arroz, salada, bife e uns grãos num caldo parecendo chocolate; que prato gostoso, que sabor! Por mais estranho que pareça, não o conhecia, era feijão preto, um dos alimentos mais populares no Brasil, mas que em Portugal só tinha ouvido falar. Por lá nessa época, feijão era algo raro e caro, preto então ...
Lembro também que no começo tivemos alguns pequenos contratempos, muito em função da língua. O mais engraçado é que é a mesma, mas algumas palavras tem sentido completamente diferente, o que percebi logo na primeira "bicha", quero dizer, fila que tive que enfrentrar. Imaginem uma mulher, naquela época, perguntando : - Por favor, senhor, onde termina esta bicha? ao notar o tamanho da fila do armazém. A cena daquele dia, a cara de espanto do tal senhor e eu tendo o explicar o que era uma bicha, até hoje permanecem em minha memória. A sorte foi que um senhor da frente era português e desfez o mal entendido. O pior foi quando soube o que "bicha" no Brasil significava ... Vermelha de vergonha, me apresentei ao tal senhor e expliquei que mal acabava de chegar e ainda não compreendia a diferença de significado de algumas palavras.
Ora, nunca poderia imaginar! Com o tempo e na marra aprendi, que por exemplo, que aqui não se vendem casetinhos, mas pães, que ponto de ônibus (autocarro) é a nossa famosa paragem, que puto aqui é um estado de espírito, nem de longe lembrando inocentes meninos, que rapariga é mulher, que encontro facilmente um agrafador (grampeador) numa papelaria, que não vou a uma casa de pasto, mas a um restaurante, entre outras coisas.
Depois de pequenos desentendimentos, fui me acostumando e a vida entrando nos eixos, e a cada dia fui me apaixonando mais por esse país, que me acolheu recebeu de braços abertos, com um povo extremamente caloroso, atencioso e disposto a ajudar. Acabei conhecendo aqui no Rio mesmo, um português, me casei, constitui família e permaneci morando aqui. Voltei algumas poucas vezes à Portugal para rever os parentes que lá ficaram.
Mas hoje, ao longo de 50 anos nesta terra, muitas piadas e alguns contratempos, não me arrependo, se precissasse faria tudo outra vez. (Florisbella Oliveira Alves)
Postado por Estranhar o estranho. às 5:45 AM 3 comentários
CANADÁ - 2009
Bom, o país que eu mais pude perceber diferenças culturais foi no Canadá, devido ao tempo que passei lá. Tudo era absolutamente novo e diferente do que eu vivo no Brasil. Toronto é uma cidade grande, moderna e super multicultural, de modo que a mistura de raças é o que mais chama a atenção logo de cara!
Você pode encontrar de tuudo, brasileiros, coreanos, japoneses, indianos, mexicanos, e com um pouco de sorte você pode encontrar algum canadense! Ah outra coisa que de início se estranha muito, se vc for no inverno, é o FRIO! Pode-se experimentar sensação térmica abaixo de -30ºC! É frio mesmo! Mas, como tudo, você acaba se acostumando (e talvez até gostando).
Conviver com povos de origem asiática foi uma sensação completamente nova e no começo foi um pouco esquisito mas costume não é feito pra entender mesmo né?! É só aceitar! Apesar de as vezes parecer difícil... eles comem fazendo barulho com a boca, se vestem muito diferente e o modo de te tratar e cumprimentar é seco de inicio. Eles tem curiosidade por tuudo o que você faz, sempre que chegava em casa alguém perguntava aonde eu fui, o que tinha na sacola, o que me deixava desconfortável.
Uma coisa importante, na minha visão, é que, diferente dos americanos, os canadenses (ou as pessoas que vivem lá rs) não são frios ou mau educados! Talvez isso se dê justamente pela mistura de povos, mas de qualquer forma, sempre fui bem tratada, desde minha chegada até meu retorno pra casa! Acho que de ruim mesmo eu não percebi nada! Não que eu me lembre pelo menos!
Já ia me esquecendo... lá todos os policiais que andam nas ruas são bonitos, acho que eles fazem uma seleção! É uma estranheza boa né? Rs
Mas é isso, cultura diferente, mas que me agradou muito e que já faz uma falta danada! ( Adriana Brun )
Postado por Estranhar o estranho. às 5:39 AM 5 comentários
ÁUSTRIA - 2005
Em 2005 viajei para a Áustria para acompanhar meu pai, que morava lá fazia mais ou menos 1 ano. Como não sabia falar alemão nem fazia nenhum curso ou coisa parecida, passava minhas tardes conhecendo a cidade e suas redondezas. E tinha lá uma sorveteria chique e linda, parecida com aquelas Haagen Dazs (como se escreve?!) que eu resolvi experimentar o máximo de sorvetes possíveis.
Falando meio inglês e meio gestos, consegui me fazer entender, com as minhas 3 bolinhas coloridas derretendo diante dos meus olhos. Ia pagar só em moeda, e por isso fiquei segurando-as, esperando que a moça estendesse a mão. Ela fez uma cara de nojo/desespero que eu não conseguia decifrar... tava quase jogando as moedas na cara dela porque ela se recusava a pegar! Depois da fila aumentar atrás de mim eu entendi o que ela queria que eu fizesse: eu tinha que por as moedas em um pote e do pote ela pegava, só pra não precisar encostar em mim! E com o sorvete a mesma coisa, tinha tipo uma plataformazinha de plástico pra ela por e eu pegar depois. Saí de lá rindo, pois ela deve ter achado o cúmulo da grosseria uma coisa que aqui a gente faz à torto e à direita. (Raquel Menezes)
Postado por Estranhar o estranho. às 5:36 AM 2 comentários